Antes mesmo dos impactos gerados pela pandemia do novo coronavírus, o setor de serviços já mostrava uma trajetória de perda de ritmo no início de 2020, disse Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), ao comentar os resultados do setor em fevereiro.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou nesta quarta-feira, 8, uma queda de 1,0% no volume de serviços prestados em fevereiro ante janeiro. De novembro a fevereiro o setor teve três taxas negativas e só uma positiva.
Pelo indicador mensal, o ritmo de crescimento desacelerou de 1,9% em novembro para apenas 0,7% em fevereiro.
“A perda de ritmo acontece de modo mais contundente em serviços profissionais administrativos, com redução da receita de prestadores de serviços de limpeza, vigilância e soluções de pagamento eletrônico, que são as maquininhas”, explicou o gerente.
De acordo com o pesquisador, os questionários da PMS não indicam impacto do novo coronavírus em fevereiro. O isolamento social começou em meados de março.
“Isso sinaliza que a queda de receita em março pode ser seguida por uma dificuldade mais duradoura de recuperação. É diferente da greve dos caminhoneiros, quando o movimento brusco de paralisação foi seguido de uma recuperação imediata”, afirmou Lobo.
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