Com poucas horas de intervalo, seis ministros do governo Bolsonaro informaram nesta segunda-feira, 29, que deixarão seus cargos. Todos os seus substitutos já foram definidos.
Relações Exteriores
O primeiro foi Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, que decidiu renunciar ao cargo de chanceler em reunião com o presidente Bolsonaro, realizada nesta manhã.
O diplomata vinha sendo pressionado e criticado por outros parlamentares nos últimos dias, principalmente por sua gestão ter prejudicado a aquisição de novas vacinas contra a Covid-19, segundo eles.
Na última semana, mais de dez senadores pediram sua saída da função durante audiência no Legislativo, seguido por uma carta divulgada no final de semana, que contava com o apoio de 300 diplomatas que também pediam a sua demissão.
Quem assumirá a vaga será o embaixador Carlos Alberto Franco França.
Defesa
O segundo a deixar o cargo foi o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, conforme informado por meio de nota oficial.
Ainda que não tenha dito em seu comunicado, a saída de Azevedo e Silva foi a pedido do presidente do Executivo.
Quem assumirá seu lugar será o general Walter Souza Braga Netto.
Veja o comunicado na íntegra:
“Agradeço ao Presidente da República, a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos, a oportunidade de ter servido ao País, como Ministro de Estado da Defesa. Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado. O meu reconhecimento e gratidão aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e suas respectivas forças, que nunca mediram esforços para atender às necessidades e emergências da população brasileira. Saio na certeza da missão cumprida. Fernando Azevedo e Silva”
Advocacia-Geral da União (AGU)
O terceiro nome a deixar o governo é o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Levi, que pediu exoneração do cargo.
“Com o meu mais elevado agradecimento pela oportunidade de chefiar a Advocacia-Geral da União, submeto à elevada consideração de Vossa Excelência o meu pedido de exoneração do cargo de Advogado-Geral da União”, disse em carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro.
José Levi ocupava a função desde abril de 2020, quando foi nomeado para o lugar de André Mendonça.
Agora, Mendonça irá assumir seu lugar como ministro.
Justiça
O quarto nome a deixar a posição é o ministro da Justiça, André Mendonça, que entrará como ministro da AGU.
Em seu lugar, entrará o delegado Anderson Gustavo Torres, secretário de Segurança do Distrito Federal.
Casa Civil da Presidência da República
O quinto parlamentar a deixar seu posto é o ministro Casa Civil da Presidência da República, Walter Braga Netto.
Quem assumirá seu papel é o atual ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos.
Secretaria de Governo
Por sua vez, o sexto ministro a sair da vaga é o general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo.
Quem ocupará seu lugar é a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF).
Além disso, a secretária de Educação Básica (SEB) do MEC, Izabel Lima Pessoa, também pediu demissão do cargo hoje por “motivo de ordem pessoal”, segundo assessor de comunicação do MEC.
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