O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou hoje os números das vendas do varejo, mostrando que os primeiros seis meses de 2015 foram os piores desde 2003, com queda de -2,2%. Em julho a queda foi de 5,5% em comparação ao mesmo mês do ano passado.
O comércio vê as vendas caírem pela quinta vez consecutiva neste ano, a última vez que isso aconteceu foi em 2000, quando o indicador foi criado. Em 12 meses, o indicador mostra queda de -0,8%, com essa queda, é interrompida a sequência de 11 anos de taxas positivas consecutivas.
Ao comparar com o ano de 2003, a gerente de Serviços e Comércio do IBGE, Isabela Nunes, diz que àquela época a situação do desemprego era pior do que agora, crédito era mais restrito e o país estava se ajustando de uma crise política. Hoje, em sua análise, a crise é mais interna e atinge tanto o lado da produção, quanto o do consumo. Completa dizendo que a confiança do consumidor está baixa.
Os setores que mais sentem a queda, em ambos os períodos, são os de automóveis, móveis e eletrodomésticos.
Projeto para aumentar CSLL de bancos
Ontem, a senadora Gleisi Hoffman (PT/SC) apresentou um projeto que aumenta a CSLL de 15% para 23%. Apesar dos temores dos investidores refletidos ontem nos papéis dos bancos listados na Bovespa, um artigo da Reuters mostra que o impacto será menor do que parece.
Especialistas acreditam que o aumento trará uma arrecadação limitada e vai encarecer ainda mais o custo de crédito do país. Supondo que o lucro anualizado dos cinco maiores bancos em 2015 seja de R$ 60 bilhões, com a elevação da alíquota de 15 para 23%, a arrecadação adicional ao ano seria algo em torno de 5 e 14,5 bilhões de reais.
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