Na tarde desta quinta-feira (8) o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, participou de um debate realizado online pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e se pronunciou sobre detalhes da ata do Comitê divulgada ontem (7).
Powell reiterou a posição de que a economia dos Estados Unidos está se recuperando, porém afirmou que o processo está sendo desequilibrado e incompleto.
"A recuperação nos EUA ocorre de forma desigual. Há ainda 8,5 milhões de desempregados e a taxa de desemprego está perto de 20% para pessoas no quartil de menor renda”, destacou.
Segundo o presidente do Fed, o banco central irá manter o suporte dado ao país enquanto ele for necessário.
A política monetária de juros próximos de zero e meta da inflação em 2% foi reafirmada, assim como o apoio aos estímulos fiscais que estão sendo concedidos pelo governo Biden.
De acordo com Powell, somente com medidas como essas e com o avanço da vacinação nos Estados Unidos, a recuperação econômica no país poderá acontecer de forma mais rápida. "[O coronavírus] não respeita fronteiras e não estaremos protegidos enquanto todo o mundo não estiver vacinado.”
Outro ponto que foi abordado na ata do Fed e que o presidente confimou em discurso foi a manutenção da compra de ativos dentro dos números atuais.
“Precisamos ver progresso real nas metas do Fed para reduzir a compra de ativos”, comentou Powell em referência ao valor apresentado no documento, de US$ 120 bilhões por mês.
Preocupação social
Um dos destaques na fala do presidente do Fed foi a preocupação com os trabalhadores de baixa renda, que são os mais atingidos pela pandemia.
Segundo ele, esses profissionais encontrarão dificuldades para se reinserir no mercado de trabalho devido aos novos processos de digitalização das empresas durante o período de crise.
Por isso, em sua conclusão, Powell reforçou a ideia de investimentos de londo prazo nos Estados Unidos, que impulsionam a economia de forma mais consistente.
Declarou apoio ao plano de infraestrutura do governo Biden, que prevê mais US$ 2 trilhões em estímulos nos próximos oito anos e está em análise do Congresso.
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