Nessa manhã os canais de comunicação foram tomados por uma notícia: a volta do CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) – os impostos sobre movimentações financeiras. Segundo jornais, a volta do tributo popularmente conhecido como o “imposto do cheque”, estaria sendo estudada e defendida pelo governo Dilma, para fechar as contas de 2016.
Segundo matéria do Valor, para fechar a conta, o governo teria que cobrir um rombo de R$ 80 bilhões nas contas da União, é como se o governo já começasse o ano com déficit primário de 1,3% do PIB. Segundos relatos, na proposta orçamentária o governo incluiria a recriação da CPMF.
O governo tem até o dia 31 para apresentar uma proposta que mostre ser factível chegar a um superávit primário de 0,7% no Orçamento de 2016.
Vários líderes se posicionaram sobre a possível volta do tributo, dentre eles o presidente da Câmara e mais novo opositor do governo, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se colocando contrário à essa possibilidade. “Acho pouco provável resolver o problema de caixa achando que tem que criar mais impostos. A solução é retomar a confiança para a retomada da economia. Pessoalmente, sou contrário à recriação da CPMF nesse momento, e acho pouco provável que tenha apoio na Casa”, concluiu Cunha.
Renan Calheiros (PDB-AL) também se posicionou contrário, concluindo que a volta da CPMF seria “um tiro no pé” por parte do governo, ele acredita que tal mudança poderá até agravar a crise no país.
O Vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), se pronunciou hoje por volta das 13h (Brasília), que tudo não passa de “burburinhos”. “A primeira ideia é sempre de que não se deve aumentar tributo. Mas, por outro lado, há muitas vezes a necessidade de apoiar medidas de contenção. Não estou dizendo que nós vamos fazer isso. Por enquanto, é só burburinho e não está sendo examinado pelo governo", completou.
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