O PicPay, aplicativo que funciona como uma carteira digital, entrou com um pedido para realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). O valor da operação, que deve acontecer no próximo mês, ainda não foi definido.
Seguindo o caminho de outras empresas brasileiras, o PicPay decidiu abrir capital na Nasdaq, uma das bolsas de valores dos Estados Unidos. Suas ações serão negociadas sob o ticker PICS.
De acordo com o documento da empresa enviado à SEC (Securities and Exchange Commission, uma espécie de CVM americana), o IPO será coordenado por Bradesco BBI, BTG Pactual, Santander e Barclays.
O prospecto ressalta que a companhia encerrou 2020 com 38,8 milhões de usuários, sendo que, desse número, 28,4 milhões usam o aplicativo nos últimos 12 meses. Para título de comparação, antes da pandemia de Covid-19, o PicPay tinha 14,9 milhões de usuários.
Contudo, mesmo com o crescimento da base, a empresa teve um prejuízo de R$ 275,56 milhões em 2020, valor superior em relação aos R$ 80,6 milhões em 2019.
Planos ambiciosos
Inaugurado em 2012 por três amigos em Vitória (ES), o PicPay recebeu em 2015 um investimento do Banco Original. Atualmente, a empresa é controlada pela J&F Participações, holding que reúne os investimentos da família Batista, dona da JBS.
Segundo o fundador do PicPay, Anderson Chamon, os planos da fintech são chegar ao celular de todos os brasileiros. Em entrevista ao Seu Dinheiro, o empresário afirma que, se mantiver o mesmo ritmo do primeiro trimestre deste ano, o aplicativo pode chegar à casa dos 80 milhões de celulares até dezembro de 2021.
A pandemia está diretamente relacionada ao crescimento da empresa, isso porque as transações online foram impulsionadas com o distanciamento social. Além disso, a campanha de marketing com o reality show Big Brother Brasil também influenciou a expansão do app.
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