Pela primeira vez na história, o contrato do barril de petróleo americano WTI para maio, com vencimento nesta terça-feira, 21, fechou a US$ 37,63 negativos, uma queda de 305%.
→ Leia também: AIE prevê queda histórica na demanda de petróleo em 2020
Em meio à pandemia do novo coronavírus, o descompasso entre oferta e demanda sobre os contratos foi acentuado na sessão de hoje na New York Mercantile Exchange (Nymex). Dessa forma, os contratos futuros são mais caros do que o preço à vista da commodity.
Ainda na Nymex, o petróleo WTI para junho encerrou o pregão com queda de 18,40%, a US$ 20,43 o barril. Já o Brent para o mesmo mês finalizou a sessão com recuo de 8,94%, a US$ 25,27 o barril.
Segundo analistas, a liquidação em massa ocorre para evitar entrega física do barril da commodity, em um contexto que não há mais espaço para armazenamento.
Mesmo os cortes na produção de 9,7 milhões de barris diários anunciados pela Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) não parecem suficientes para compensar a queda na demanda.
Até hoje, o nível mais baixo de fechamento de um contrato futuro mais próximo da data de vencimento do WTI foi em março de 1986, quando ficou em US$ 10,42 por barril, segundo dados do Dow Jones Market Data e levantamento do jornal Valor Econômico.
Comments