A economia brasileira cresceu 1,4% em fevereiro, quando comparado com janeiro, de acordo com o Monitor PIB da FGV divulgado nesta terça-feira, 20.
O valor ficou abaixo do apresentado pelo Banco Central ontem, 19. De acordo com o IBC-Br, o avanço foi de 1,7% para o mesmo período, o que indicaria um retorno aos patamares pré-pandêmicos.
Na comparação contínua dos três meses encerrados em fevereiro, com os três meses anteriores encerrados em novembro, a expansão foi de 2,9%.
Para o coordenador do estudo, Claudio Considera, este crescimento de 1,4% do PIB de fevereiro indica uma continuidade na recuperação da economia, porém não é motivo de entusiasmo ou referência para longo prazo.
“Embora expressiva, essa taxa não é motivo de euforia já que é comparada a meses sob forte impacto da recessão da pandemia. Por sua vez, a taxa interanual de 1,6% em fevereiro foi obtida sobre um fevereiro de 2020 já bastante desacelerado”, disse, em nota.
Em termos monetários, estima-se que o PIB (soma dos bens e serviços produzidos no país) do primeiro bimestre de 2021, foi de R$ 1,367 trilhão em valores correntes.
Diferentes setores
De acordo com a pesquisa, dentre as três grandes atividades econômicas (agropecuária, indústria e serviços), apenas a indústria apresentou pequena retração de 0,4% em fevereiro, enquanto os serviços cresceram 1,4% influenciado pelo desempenho dos serviços de informação (5,3%) e intermediação financeira (7%).
O consumo das famílias retraiu 3% no trimestre móvel findo em fevereiro (dezembro, janeiro e fevereiro) em comparação ao mesmo período do ano passado.
“Apenas o consumo de produtos duráveis cresceu no trimestre e o consumo de serviços segue sendo o grande responsável pelo desempenho ainda negativo do consumo das famílias”, informou a FGV.
A exportação contraiu 3,1% no trimestre móvel finalizado em fevereiro, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Os segmentos exportados que retraíram no ano foram os de produtos agropecuários, com recuo expressivo de 24,3% os serviços e os produtos de extração mineral.
Em contrapartida, os segmentos que apresentaram desempenho positivo foram os bens de consumo (alimentos, vestuários, eletrodomésticos), os bens de capital (máquinas, equipamentos, materiais de construção) e os bens intermediários (papel e celulose, têxteis, borracha).
Já a importação apresentou crescimento de 6,9% dentro dos mesmos parâmetros anteriores. Este resultado foi influenciado, principalmente, pelo crescimento elevado dos bens de capital.
*com informações de Agência Brasil
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