A economia brasileira cresceu 1,7% no primeiro trimestre de 2021, quando comparada ao quarto trimestre do ano passado e retração de 2,1% em março ante o mês anterior, na análise dessazonalizada, de acordo com o Monitor do PIB, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgado nesta segunda-feira, 17.
Na comparação interanual, a economia subiu 1,6% nos primeiros três meses do ano e 5,2% no mês de março.
O valor mensal ficou acima do apresentado pelo Banco Central na última quinta-feira, 13. De acordo com o IBC-Br, a queda teria sido de somente 1,59%.
Em termos monetários, a FGV estima que o Produto Interno Bruto (PIB) dos três primeiros meses de 2021 foi, em valores correntes, R$ 2.113.057 milhões (R$ 2,113 trilhões).
Para o coordenador do estudo, Claudio, este crescimento trimestral superou as expectativas e foi observado tanto nos três grandes setores de atividade, quanto nos componentes de demanda.
Entretanto, o comparativo mensal representou a fragilidade do crescimento diante do endurecimento das medidas de isolamento social em diversas cidades brasileiras, na tentativa de reduzir o contágio do Covid-19.
“A necessidade de adoção dessas novas medidas de isolamento foi devida à piora da pandemia no Brasil com o aumento do número de casos de contágio e de mortes a partir do final de fevereiro. Estes resultados evidenciam a importância da aceleração do processo de vacinação da população como o primeiro passo para que a economia possa crescer de forma mais sustentável a longo prazo”, afirmou o coordenador.
Diferentes setores
O consumo das famílias retraiu 1,2% no trimestre em anális, em comparação ao mesmo período do ano passado.
“Foi registrado crescimento apenas no consumo de produtos duráveis (8,2%). Em contrapartida, o consumo de serviços segue sendo o principal responsável pelo desempenho ainda negativo do consumo das famílias, com queda de 2,8%”, informou a FGV.
A formação bruta de capital fixo (FBCF) subiu 10,4% no primeiro trimestre, ante mesmo período do ano anterior, com todos os componentes registrando crescimento.
A exportação expandiu 0,5% no período em análise, em relação ao mesmo período de 2020, com aumento na exportação de bens de capital e bens de consumo.
Já a importação apresentou elevação de 6,5% dentro dos mesmos parâmetros anteriores. Este resultado foi influenciado, principalmente, pelo crescimento elevado dos bens de intermediários.
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