Em meio aos impactos financeiros provocados pela pandemia do novo coronavírus e o aumento no número de casos de infecção no Brasil, o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 1, aponta que o mercado espera uma retração ainda maior para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de 6,25%.
Na semana passada, os economistas consultados pelo Banco Central projetavam uma contração de 5,89% na economia brasileira para 2020. Com isso, o PIB sofre reajuste pela 16ª semana seguida.
Para 2021, o relatório manteve a projeção do PIB para 3,50%.
No último dia 29, o IBGE revelou que o PIB caiu 1,5% na comparação trimestral. O órgão deixou claro que, como a crise começou a partir da segunda quinzena de março, a expectativa é de que os próximos dados mostrem um tombo ainda maior na economia do país.
A taxa básica de juros teve a projeção mantida pelo mercado para este ano, em 2,25% ao ano. Para 2021, os economistas esperam que a Selic fique em 3,38% ao ano, ante estimativa de 3,29% na semana passada.
As previsões para a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 1,57% para 1,55% em 2020. Para o ano que vem, o Boletim Focus revela uma projeção de 3,10%, ante 3,14%.
A meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% para 2022, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Por último, a expectativa do dólar para este ano foi mantida em R$ 5,40. Para o próximo ano, os economistas esperam a moeda a R$ 5,08, ante projeção de R$ 5,03.
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