A inflação do mês de novembro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,89%, pressionada pela alta nos preços dos alimentos e dos combustíveis. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a entidade, esse é o maior resultado para um mês de novembro desde 2015, quando o indicador atingiu o patamar de 1,01%.
No ano, o IPCA acumula alta de 3,13% e, em 12 meses, expansão de 4,31% – valor acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores, de 3,92%. Em relação a novembro de 2019, quando o indicador reportou taxa de 0,51%, houve um crescimento de 0,38 ponto percentual.
Para os economistas consultados pela Bloomberg, a expectativa era que o índice tivesse alta de 0,78% na base mensal, contra 0,86% na leitura anterior.
“O cenário é parecido com o que temos visto nos últimos meses, em que o grupo de alimentos e bebidas continua impactando bastante o resultado. Dentro desse grupo, os componentes que mais têm pressionado são as carnes, que nesse mês tiveram uma alta de mais de 6%, a batata-inglesa, que subiu quase 30% e o tomate, com alta de 18,45%”, explica Pedro Kislanov, gerente da pesquisa.
Além desses alimentos, outros produtos importantes na cesta das famílias também tiveram alta, como o arroz (6,28%) e o óleo de soja (9,24%). Com isso, o grupo de alimentos e bebidas variou 2,54%.
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