A inflação oficial brasileira, que é medida pelo IPCA, foi de 0,74% no mês de maio e 8,47% no acumulado de 12 meses, maior taxa desde dezembro de 2003 (9,3%). Analistas projetavam o IPCA em 0,59% no mês e 8,30% no acumulado de 12 meses.
Outro recorde alcançado pela inflação foi do acumulado dos primeiros cinco meses do ano: de janeiro a maio deste ano, a inflação acumulou alta de 5,34%, a taxa mais alta desde maio de 2003, quando atingiu 6,80%.
A energia elétrica foi um dos principais itens que contribuiu com o alto percentual de maio, sendo responsável por 0,11 pontos percentuais. O aumento no preço desse item, que é essencial e um dos principais nas despesas das famílias brasileiras, foi de 2,77%. Em algumas regiões, a tarifa superou 10% no mês, como em Recife (12,20%), Salvador (12,07) e Vitória (10,38%). Nos primeiros cinco meses, as famílias pagaram 41,94% a mais pelo consumo da energia, e em 12 meses, esse número chega em 58,47%.
Outro item que sentiu a valorização dos preços foi a alimentação, alimentos e bebidas cresceram 1,37% em maio. O tomate é, por mais uma vez, o destaque no avanço, com alta de 21,38% no mês e 80,42% no acumulado. Já o preço da cebola dobrou no ano, em 100,45%.
De todos os itens, apenas o transporte teve queda, com baixa de 0,29%.
A alta na taxa básica de juros Selic para 13,75% pelo Copom na última semana, ainda não surtiu o efeito aguardado pelo Banco Central, e a inflação segue em disparada.
Comments