O Grupo Mateus, rede de supermercados maranhense, precificou suas ações a R$ 8,97 em sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), segundo fontes. O preço ficou no piso da faixa indicativa, que variava até R$ 11,66.
Diferente das demais empresas que abriram capital este ano na Bolsa de Valores de São Paulo, a companhia conseguiu emplacar seu IPO sem alterar a faixa definida no procedimento de bookbuilding (saiba mais detalhes abaixo).
Com isso, o Grupo Mateus conseguiu levantar quase R$ 4,5 bilhões, como aponta o jornal Valor Econômico. Esse é o maior IPO realizado na B3 em 2020, superando os R$ 3 bilhões captados pela Petz, rede de petshops.
Segundo fontes ouvidas pelo jornal, a demanda pelos papéis superou a oferta em quase cinco vezes. A maioria dos ativos, cerca de 70%, ficou com investidores locais.
Vale lembrar que a empresa conseguiu seguir com sua oferta inicial mesmo com um acidente em uma unidade em São Luís (MA), quando gôndolas caíram em efeito dominó e deixaram uma pessoa morta.
De acordo com o prospecto preliminar enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as ações começam a ser negociadas no Novo Mercado da B3 a partir da próxima terça-feira, 13, sob o ticker GMAT3.
A oferta foi coordenada pela XP Investimentos, junto com Bradesco BBI, BTG Pactual, Itaú BBA, BB Investimentos, Santander Brasil e Safra.
O que é bookbuilding?
De um modo resumido, o bookbuilding é o processo em que o coordenador da oferta estuda e avalia, em conjunto com os investidores, como seria a demanda de seus ativos no mercado.
Dessa forma, a empresa que pretende abrir capital ou fazer novas ofertas deve saber qual a intenção de compra dos acionistas e chegar a um preço razoável para o IPO ou novas ofertas (follow on). Leia mais.
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