O Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou nesta terça-feira, 6, que o Brasil enfrenta “riscos exponencialmente altos e multifacetados”.
Para a autarquia, o país precisa implementar reformas que reduzam as despesas obrigatórias e a rigidez orçamentária, fortaleçam a rede de proteção social e modernizem o sistema tributário.
Na declaração da equipe ao fim da missão que faz o raio x anual da economia do país, o FMI ressalta, entre as principais ameaças, “uma segunda onda da pandemia, as consequências de longo prazo de uma recessão prolongada e a vulnerabilidade a choques de confiança devido ao nível elevado da dívida pública”.
O jornal Valor Econômico destaca que o fundo afirma que, nesse quadro, “a implementação célere de reformas estruturais que garantam a consolidação a médio prazo será essencial para mitigar o risco de uma dinâmica indesejável da dívida pública”.
“Na ausência de evidências inequívocas da manutenção do teto de gastos, qualquer despesa adicional poderia minar a confiança do mercado e elevar as taxas de juros”, informa o relatório. De acordo com o FMI, “em razão do forte aumento do déficit fiscal primário, a previsão é que a dívida pública bruta salte para cerca de 100% do PIB em 2020 e continue elevada no médio prazo”.
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