A projeção para a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 4,21% para 4,35% neste ano, sendo a 18ª correção semanal para cima. Os dados são do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 14, pelo Banco Central.
Com isso, essa é a segunda vez que a previsão furou a meta de inflação a ser perseguida pelo BC, que é de 4% em 2020.
Para o próximo ano, a expectativa é de que o IPCA fique no mesmo patamar da semana passada, de 3,34%.
Vale destacar que a meta perseguida pela autarquia monetária é de 3,75% em 2021 e 3,50% para 2022, com intervalo de tolerância de 1,5% para cima ou para baixo.
Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros do país, a Selic, em 2% ao ano. De acordo com a entidade, o comunicado deixou claro a intenção de retirar o “forward guidance”, ou seja, uma orientação futura dada pelo BC, além de sinalizar um início de alta nos juros para o ano que vem.
Para os analistas consultados pela autoridade financeira, mesmo com um tom mais duro pelo Copom, a estimativa para a Selic de 2021 foi mantida em 3% ao ano, mesmo patamar há três semanas.
Enquanto isso, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020 caiu de -4,40% para -4,41%, vindo de um piso de -6,54% em meados de junho. Para 2021, a expectativa é de que a economia brasileira suba 3,50%.
Por fim, a expectativa para o dólar no final deste ano caiu de R$ 5,22 para R$ 5,20, enquanto para 2021, houve um recuo de R$ 5,10 para R$ 5,03 na estimativa.
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