O Departamento do Trabalho nos Estados Unidos informou nesta sexta-feira, 3, que os empregadores cortaram cerca de 701 mil vagas de emprego em março, depois de criarem 275 mil em dado revisado em fevereiro.
Com os dados do relatório, conhecido com Payroll, a economia dos EUA encerrou um histórico de 113 meses seguidos de crescimento do emprego, à medida que ações para combater a pandemia do novo coronavírus prejudicam empresas e fábricas.
Dessa forma, a taxa de desemprego disparou para 4,4%, ante 3,5% em fevereiro, o menor nível em 50 anos. A estimativa dos economistas da Bloomberg era de que o desemprego subisse a 3,8%.
Segundo a agência France Presse, esta é a maior perda de empregos desde março de 2009, quando houve uma crise financeira.
Contudo, o relatório divulgado hoje reflete apenas parte dos impactos econômicos gerados pelo Covid-19, uma vez que o governo americano pesquisou empresas e famílias em meados de março, antes que uma grande parte da população estivesse em algum tipo de isolamento.
"A economia caiu no abismo", disse Chris Rupkey, economista-chefe do MUFG em Nova York.
"Para todos os lugares que você olha, Washington e os governos estaduais não estavam preparados para a rápida disseminação do vírus e os danos devastadores que seriam causados à economia se as empresas fossem fechadas e os trabalhadores enviados para casa."
Ibovespa
Às 11h40, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, caía 4,23% no pregão desta sexta-feira, seguindo o mercado externo com os dados fracos dos EUA. Acompanhe a cotação em tempo real com o TradeMap.
Ibovespa, às 11h40, no TradeMap
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