No quarto trimestre de 2020, a Embraer apresentou prejuízo líquido ajustado (excluindo-se impostos diferidos e itens especiais) de R$ 70,2 milhões, ficando mais de 80% menor do que a perda de R$ 383,6 milhões vista há um ano. Em 2020, a Embraer reportou um prejuízo líquido ajustado de R$ 2,3 bilhões.
A receita líquida da companhia atingiu R$ 9,8 bilhões nos últimos três meses do ano passado e R$ 19,64 bilhões no acumulado de 2020, representando crescimento de 14% e queda de 10% em relação ao 4º trimestre de 2019 e ao ano anterior, respectivamente.
O melhor desempenho período trimestral reflete o impacto positivo do câmbio nas receitas, a retomada das entregas de aeronaves e a reversão de provisões para perda de crédito e de baixas de ativos.
A companhia entregou 28 aeronaves comerciais e 43 executivas (23 jatos leves e 20 grandes) no trimestre e, no ano de 2020, foram 44 aeronaves comerciais e 86 executivas (56 jatos leves e 30 grandes). Sua carteira de pedidos firmes (backlog) alcançou US$ 14,4 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 783,4 milhões, ante o resultado de R$ 270 milhões no mesmo intervalo de 2019, com margem de 8% contra a margem d 3% no 4º trimestre do ano anterior.
No ano, o Ebitda ajustado ficou em R$ 437,6 milhões, com margens ajustadas de 2,2%, tendo sido impactados principalmente pelo fraco resultado da Aviação Comercial no contexto da pandemia da Covid-19.
A Embraer reportou uma melhora significativa em sua geração livre de caixa ajustado entre outubro e dezembro de 2020, que foi de R$ 3,7 bilhões. A liquidez permanece sólida e fechou o ano passado com um caixa de R$ 14,3 bilhões, acima dos R$ 11,2 bilhões de 2019.
Ao final de 2020, a Embraer apresentava uma posição de dívida líquida de R$ 8,8 bilhões.
Devido à incerteza relacionada à pandemia da Covid-19 e seus impactos na indústria, a companhia decidiu por não publicar, nesse momento, suas estimativas financeiras e de entregas para 2021, com faz de costume.
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