A Eletrobras registrou um lucro líquido de R$ 1,269 bilhão no quarto trimestre de 2020, queda de 44% sobre os R$ 2,273 bilhões em igual período de 2019. O resultado foi impactado pela variação cambial decorrente da pandemia, tendo gerado uma despesa financeira de R$ 544 milhões em 2020 em comparação à variação positiva de R$ 35 milhões em 2019.
No ano, o lucro do exercício foi de R$ 6,38 bilhões ante os R$ 11,13 bilhões do acumulado de 2019.
A receita líquida da elétrica foi 2% menor na base anual, passando de R$ 29,714 bilhões em 2019 para R$ 29,081 bilhões em 2020. De acordo com a empresa, houve um reflexo do resultado negativo em geração, que foi afetado pela redução de receita decorrente da inflexibilidade de Candiota III e parcela negativa de energia pela extensão das paradas das usinas de Angra 1 e 2 nos montantes, bem como pelo término de contratos de Energia Existente no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) em Furnas e Eletronorte.
Além disso, o resultado de 2020 da Eletrobras foi impactado pelas provisões para contingências judiciais.
A receita líquida dos últimos três meses de 2020 totalizou R$ 9,013 bilhões, 17% acima do mesmo intervalo de 2019, influenciada pelo efeito na receita de transmissão da revisão tarifária.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) apresentou queda de 9%, passando de R$ 11,474 bilhões em 2019 para R$ 10,487 bilhões no ano de 2020.
O Ebitda do 4º trimestre ficou negativo em R$ 299 milhões, ante Ebitda positivo de R$ 3,239 bilhões no mesmo período de 2019.
Diante do resultado anual, a Eletrobras informou que vai distribuir em dividendos pouco mais de R$ 1,5 bilhão aos acionistas. O valor será de R$ 1,038 por ação preferencial e de R$ 0,943 por ação ordinária, na data base de 31 de dezembro de 2020.
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