Em ata publicada nesta terça-feira, 11, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avaliou que, em relação à atividade econômica brasileira, indicadores recentes sugerem uma recuperação parcial.
“No cenário externo, a pandemia da Covid-19 continua provocando a maior retração econômica global desde a Grande Depressão. Nesse contexto, apesar de alguns sinais promissores de retomada da atividade nas principais economias e de alguma moderação na volatilidade dos ativos financeiros, o ambiente para as economias emergentes segue desafiador”, informou a autarquia.
Por conta da imprevisibilidade e os riscos associados à evolução da pandemia do novo coronavírus, o Copom ponderou que esses fatores podem implicar um cenário doméstico caracterizado por uma “retomada ainda mais gradual da economia”.
Na última quarta-feira, o Comitê decidiu em unanimidade reduzir a taxa básica de juros do país em 0,25 ponto percentual, passando de 2,25% para 2% ao ano – a nova mínima histórica.
Em relação a novos cortes da Selic, o Banco Central informou que o país já estaria próximo do nível a partir do qual reduções adicionais na taxa de juros poderiam gerar instabilidade nos preços dos ativos. Dessa forma, a instituição financeira indicou cautela sobre eventuais cortes.
“O Comitê concluiu que eventuais novas reduções na taxa de juros exigiriam cautela e gradualismo adicionais. Para tal, se necessárias, novas reduções de juros demandariam maior clareza sobre a atividade e inflação prospectivas e poderiam ser temporalmente espaçadas”, destacou a autarquia monetária.
O mercado financeiro estima que a Selic permaneça no atual patamar até setembro do ano que vem, quando voltaria a subir e finalizando 2021 em 3% ao ano.
Para ler a Ata do Copom na íntegra, clique aqui.
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