O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou nesta quarta-feira, 6, a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, passando de 3,75% para 3% ao ano, o menor nível histórico já registrado.
Com isso, a redução da Selic ocorreu em linha com a mediana das projeções de instituições financeiras consultadas pelo BC.
Afinal, como é decidido se há ou não corte?
O Banco Central tem como missão controlar a inflação do país e, por isso, utiliza o sistema de metas como base. Para 2020, a meta central inflacionária é de 4%, oscilando entre 2,5% a 5,5%. Já para 2021, o objetivo da inflação é de 3,75%, com variação de 2,25% a 5,25%.
A cada 45 dias, o Copom se reúne para decidir como ficará a Selic. A decisão é baseada em vários indicadores financeiros do país, sendo que, ao fim do encontro, a taxa pode sofrer alguma alteração, tanto para mais quanto para menos, assim como também ficar estável.
O que é a Selic?
Sempre que vemos algum noticiário ou matéria voltada ao mercado financeiro, encontramos essa tal de “Selic”. Para quem é desse ramo, com certeza já sabe de cor a sua importância à economia brasileira, não é mesmo? Por outro lado, para quem está entrando neste segmento agora talvez haja algum resquício de dúvida referente a este termo.
Ela nada mais é do que a taxa básica de juros no Brasil. Sua sigla significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia.
Dessa forma, a Selic influencia todas as demais taxas de juros no Brasil, como as que são cobradas em empréstimos, financiamentos e, até mesmo, em retorno em aplicações financeiras, como títulos do Tesouro Direto.
A taxa Selic foi criada em 1979, na época em que a economia brasileira enfrentava um cenário (hiper) inflacionário. Por isso, seu objetivo sempre foi conter a inflação, uma vez que sua mudança, determinada pelo Banco Central, está diretamente relacionada ao controle do aumento de preço dos produtos.
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