O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central começa nesta terça-feira, 16, a primeira parte da reunião que deve alterar a jornada da taxa básica de juros do país, a Selic.
Devido à alta da inflação, é esperado pelo mercado que a Selic volte a subir após mais de seis anos em manutenção ou queda. Atualmente, a taxa está na casa dos 2% ao ano desde agosto de 2020, o menor nível histórico.
Amanhã, após a segunda parte da reunião, a autarquia monetária anunciará a taxa depois do fechamento do mercado.
Pelo histórico do Banco Central, a última vez que a Selic subiu foi em 2015, passando de 13,75%, em junho, para 14,25%, em julho. Esse patamar foi mantido até 2016, quando o Copom começou a cortar.
De acordo com o Boletim Focus publicado na última segunda-feira, a estimativa é que a Selic sofra um ajuste para 2,50% ao ano depois da reunião de quarta, ou seja, um aumento de 0,50 ponto percentual.
Para o fim de 2021, os economistas consultados pelo BC acreditam que a taxa básica de juros fique em 4,50% ao ano. Esse relatório traz os panoramas gerais do mercado sobre os principais indicadores econômicos do país.
Afinal, como é decidido se há ou não corte?
O Banco Central tem como missão controlar a inflação do país e, por isso, utiliza o sistema de metas como base, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Para 2021, a meta central inflacionária é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Isso quer dizer que pode variar de 2,25% até 5,25%.
Para o ano que vem, a meta é de 3,5%, também com intervalo de 1,5 p.p. para cima ou para baixo.
A cada 45 dias, o Copom se reúne para decidir como ficará a Selic. A decisão é baseada em vários indicadores financeiros do país, sendo que, ao fim do encontro, a taxa pode sofrer alguma alteração, tanto para mais quanto para menos, assim como também ficar estável.
O que é a Selic?
Sempre que vemos algum noticiário ou matéria voltada ao mercado financeiro, encontramos essa tal de “Selic”. Para quem é desse ramo, com certeza já sabe de cor a sua importância à economia brasileira, não é mesmo?
Por outro lado, para quem está entrando neste segmento agora talvez haja algum resquício de dúvida referente a este termo.
Ela nada mais é do que a taxa básica de juros no Brasil. Sua sigla significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia.
Dessa forma, a Selic influencia todas as demais taxas de juros no Brasil, como as que são cobradas em empréstimos, financiamentos e, até mesmo, em retorno em aplicações financeiras, como títulos do Tesouro Direto.
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