O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central promove nesta terça-feira, 19, a primeira parte da reunião para definir a taxa básica de juros do país, a Selic, atualmente em 2% ao ano.
Amanhã, após a segunda parte da reunião, a autarquia monetária anunciará a taxa depois do fechamento do mercado.
Mesmo com alta na inflação nos últimos meses, o mercado aposta na manutenção da taxa em 2% ao ano, o menor patamar histórico. A projeção consta no Boletim Focus, publicado toda segunda-feira pelo BC.
Afinal, como é decidido se há ou não corte?
O Banco Central tem como missão controlar a inflação do país e, por isso, utiliza o sistema de metas como base, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Para 2021, a meta central inflacionária é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Isso quer dizer que pode variar de 2,25% até 5,25%.
Para o ano que vem, a meta é de 3,5%, também com intervalo de 1,5 p.p. para cima ou para baixo.
A cada 45 dias, o Copom se reúne para decidir como ficará a Selic. A decisão é baseada em vários indicadores financeiros do país, sendo que, ao fim do encontro, a taxa pode sofrer alguma alteração, tanto para mais quanto para menos, assim como também ficar estável.
O que é a Selic?
Sempre que vemos algum noticiário ou matéria voltada ao mercado financeiro, encontramos essa tal de “Selic”. Para quem é desse ramo, com certeza já sabe de cor a sua importância à economia brasileira, não é mesmo?
Por outro lado, para quem está entrando neste segmento agora talvez haja algum resquício de dúvida referente a este termo.
Ela nada mais é do que a taxa básica de juros no Brasil. Sua sigla significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia.
Dessa forma, a Selic influencia todas as demais taxas de juros no Brasil, como as que são cobradas em empréstimos, financiamentos e, até mesmo, em retorno em aplicações financeiras, como títulos do Tesouro Direto.
A taxa Selic foi criada em 1979, na época em que a economia brasileira enfrentava um cenário (hiper) inflacionário. Por isso, seu objetivo sempre foi conter a inflação, uma vez que sua mudança, determinada pelo Banco Central, está diretamente relacionada ao controle do aumento de preço dos produtos.
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