Seguindo o ditado “quem não tem cão, caça com gato”, a empresa de diagnósticos clínicos DASA S.A. teve que ceder no preço da sua oferta de ação para não acabar como mais uma vítima do momento de aversão ao risco do mercado. No corte de preço, a ação saiu por R$ 58.
A faixa original que ia de R$ 64,90 a R$ 84,50 foi revisada na segunda-feira (5) para R$ 56,75 a R$ 60. No final, com a escolha do valor entre o preço máximo e mínimo, o desconto em relação aos primeiros valores foi de 10,6%. Também representa um forte desconto em relação à cotação de fechamento do papel nesta terça-feira (6), de 144 reais.
Com isso, foi levantado R$ 3,3 bilhões de acordo com fato relevante do grupo de medicina diagnóstica nesta quarta-feira (7) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A oferta consistiu na distribuição primária de 57.010.786 ações. Não foram exercidos o lote adicional de ações, de 20%, tampouco a distribuição secundária de 2.081.636 papéis.
A operação era considerada um re-IPO dada a baixa liquidez das ações.
Bradesco BBI, BTG Pactual, Bank of America, Credit Suisse, Morgan Stanley, Safra, Santander Brasil e Itaú BBA foram os coordenadores.
IPOs em risco
A volatilidade da bolsa de valores nos últimos tempos já afundou muitas empresas neste começo de ano. O movimento de ceder no preço da Dasa pode ser um sinal para outras empresas do setor que estão com seus IPOs no mercado.
É o caso do Hospital Care (HCAR3) e da Kora Saúde (KRSA3). Já o grupo hospitalar Mater Dei (MATD3) tem outros problemas. Isso porque a Rede D’Or acaba de fazer a aquisição do hospital Biocor em Belo Horizonte, principal mercado da Mater Dei.
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