A Cogna (COGN3) reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 589,2 milhões no quarto trimestre, ante lucro líquido ajustado de R$ 51,6 milhões em 2019.
Tal resultado reflete a queda do resultado operacional, o complemento de provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) e o maior volume de itens não-recorrentes (reestruturação na Kroton).
Se excluídos estes efeitos, o resultado final da companhia teria sido de lucro líquido de R$ 144 milhões no período. No ano, teria sido positivo em R$ 55 milhões.
Em 2020, seu prejuízo líquido ajustado foi de R$ 907,4 milhões, em comparação ao lucro de R$ 771,966 milhões em 2019.
Sua receita líquida trimestral apresentou queda de 14,9% na comparação anual, a R$ 1,6 bilhão.
Este desempenho retrata as pressões de receita no ensino superior, dada a significativa redução de receita de alunos FIES com a piora da economia ocasionada pela pandemia da COVID-19, e o menor volume de vendas ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
Enquanto isso, a Vasta apresentou crescimento de 14%. Já na Platos, a alta foi de 10%.
No ano, a queda da receita líquida foi de 16,1%, para R$ 5,9 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente no trimestre foi negativo em R$ 100 milhões, em função do complemento de PCLD.
Caso excluído esse complemento, o Ebitda recorrente atinge R$ 315 milhões no trimestre, margem de 19,1%. Já em 2020 como um todo, chega a R$ 1,1 bilhão.
A Dívida líquida/Ebitda ajustado dos últimos 12 meses alcançou 3,23x pela segunda vez alternada, acima do limite de 3x estabelecido pelo regulamento das debêntures, em função do complemento de PCLD (não-caixa) efetuado no trimestre.
Desta forma, mesmo destacando que isso não caracteriza quebra de covenants, a companhia comenta que irá iniciar negociações com os debenturistas para renegociação de determinados critérios.
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