A caderneta de poupança, aplicação financeira mais popular no Brasil, voltou a atrair ainda mais brasileiros em meio à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Em maio, o Banco Central informou que essa modalidade teve uma captação líquida de R$ 37,2 bilhões.
O número exorbitante veio do resultado de depósitos de R$ 235 bilhões e retiradas de R$ 197,9 milhões no período. Com isso, esse é o maior valor de toda série histórica do Banco Central, iniciada em 1995.
O recorde mensal anterior foi em abril, quando a poupança registrou captação líquida de R$ 30,5 bilhões. Com o resultado do mês anterior, a modalidade acumula entrada líquida de R$ 63,9 bilhões nos cinco primeiros meses de 2020.
De acordo com dados do BC, a aplicação começou este ano no vermelho. A situação só mudou a partir de março, quando jurisdições foram impostas para o início do isolamento social devido à pandemia de covid-19.
Outro ponto importante nessa virada é o desempenho mais fraco na bolsa de valores, que já enfrentou até mesmo alguns circuit breakers com a crise financeira provocada pela doença global. Títulos do Tesouro Direto também têm sofrido com oscilações nas taxas de juros.
Dessa forma, esses reflexos de instabilidade na bolsa e no Tesouro refletiram em maior volume de depósitos na caderneta de poupança, uma vez que ela tem fácil liquidez, ou seja, a capacidade de resgatar facilmente o capital aplicado.
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