O Banco Central revisou sua previsão para o tombo do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e passou a estimar uma queda de 5% para a economia brasileira. A previsão está no Relatório de Inflação divulgado nesta quinta-feira, 24.
A projeção anterior, divulgada em junho pela autarquia monetária, era de uma contração de 6,4%.
Vale ressaltar que a revisão foi feita em meio à pandemia de covid-19, que interrompeu a atividade econômica pelo mundo por algum tempo.
“Apesar do forte recuo da atividade no segundo trimestre, o conjunto de indicadores disponíveis mostra que a retomada da atividade econômica após a fase mais aguda da pandemia, ainda que parcial, está ocorrendo mais rapidamente do que antecipado, contribuindo para a elevação da estimativa de crescimento anual”, avalia o BC para a melhora da estimativa do PIB em 2020.
Além do mais, a instituição ainda revelou no documento que os indicadores sugerem uma recuperação parcial “com padrão similar à que ocorre em outras economias, onde os setores mais diretamente afetados pelo distanciamento social permanecem deprimidos”.
Inflação e taxa de juros
Outro ponto levantado pelo Banco Central é sua estimativa para a inflação de 2020, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que passou para 2,1% – ante expectativa de 2,4% no relatório de junho.
Essa previsão assume a trajetória estimada pelo mercado financeiro para a taxa de juros e o câmbio em 2020 e no próximo ano.
Em outro contexto, que considera a Selic e o câmbio estáveis, a previsão da autarquia monetária para a inflação oficial do Brasil deste ano subiu de 1,9% para 2,1%.
As previsões do BC estão abaixo do piso da meta da inflação, que é de 4% neste ano e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar de 2,5% a 5,5%.
Selic
Em relação à taxa básica de juros, a Selic, que está na mínima histórica de 2% ao ano, o Bacen informou que o “espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”.
Os agentes do mercado financeiro acreditam que a taxa básica de juros permanecerá no atual patamar até outubro de 2021 – quando subiria para 2,5% ao ano.
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