Com a piora no cenário político e econômico do país, o dólar vem subindo exponencialmente nos últimos dias, dos últimos 20 dias de variação cambial, 15 deles foram de altas da moeda norte-americana. Na quarta-feira 5, foi a 5ª alta consecutiva. Com isso, os bancos refizeram suas projeções do câmbio, levando em consideração a dificuldade do governo em aprovar o ajuste fiscal.
Às 11h00 de quinta-feira, o dólar estava cotado a R$ 3,517. Se fechar nesse patamar, “colará” na maior cotação desde 2003, quando o dólar chegou a R$ 3,528.
Bancos como o Credit Suisse, Itaú e Santander revisaram suas projeções devido a piora na percepção de risco na economia e na política. Depois de inúmeras evidências de fraqueza do governo, o mercado desconfia da capacidade de aprovação do ajuste fiscal junto ao Congresso. Como se não bastasse a “briga” política, o quadro se agravou com o rebaixamento da perspectiva do rating brasileiro BBB-, de estável para negativa. Aumentando ainda mais os temores de que o país saia do grau de investimento.
A nova projeção do Banco Credit Suisse foi a que chamou a atenção do mercado, anteriormente o banco esperava pelo dólar a R$ 3,40 em 2015, agora são R$ 3,60. Para 2016, elevou os esperados R$ 3,60 anteriormente, para R$ 4,00.
Na explicação do Santander, que também revisou sua projeção do câmbio para R$ 3,60 em 2016, o economista-chefe, Mauricio Molan, esses valores ainda podem mudar. “A instabilidade política tem levado a um ajuste mais rápido do que se imaginava”, completa.
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